JARDINS DOS SENTIDOS
Estes Jardins dos Sentidos da Casa da Memória de Leopoldina compõem-se de diferentes espaços: Jardim de Boas-Vindas; Jardim de Burle Marx; Jardim da Infância Lúdico-Musical; Jardim de Dora; Pátio do Encontro - Quintal; Jardim Aromático - Horta Medicinal e Bosque do Córrego do Feijão Cru. São 4.030 metros quadrados de ambientes harmoniosamente ajardinados e arborizados. Aqui, uma simples visita pode se tornar uma imersão completa nas memórias de Leopoldina que transcendem o tempo e abraçam todos os sentidos.
JARDIM DE BOAS-VINDAS
Este jardim integra-se à vizinha Praça Félix Martins, o histórico parque e jardim público da cidade, com todos os atrativos que formam seu conjunto urbanístico, arquitetônico e artístico. Os canteiros de flores que o ornamentam foram idealizados pelo célebre paisagista Roberto Burle Marx e oferecem uma notável mistura de formas, cores, texturas e aromas. Neste ambiente de entrada da casa, todos são bem-vindos para compartilhar caminhos e espaços.
JARDIM DE BURLE MARX
O grande mestre do paisagismo brasileiro do século XX Roberto Burle Marx projetou o jardim residencial da família Botelho. Originalmente de uso privado e transformado em espaço de fruição pública, nele é possível apreciar um raro exemplar de sua expressiva obra e dos parques e jardins públicos que criou em todo o mundo.
Burle Marx desenhava seus jardins como forma de arte. Este jardim é uma composição de natureza e arquitetura de inspiração modernista, com elementos característicos desse momento da história da arte paisagística, tais como o lago sinuoso e as espécies aquáticas desafiando a rigidez do mundo.
Poucos sabem que o paisagista visitou Leopoldina na década de 1950 e que suas impressões hoje se materializam nas combinações ousadas de texturas e cores que desafiam convenções.
JARDIM DA INFÂNCIA LÚDICO-MUSICAL
Espaço ao ar livre, este jardim destina-se principalmente às crianças. Seus equipamentos de lazer e recreação incorporam componentes sonoros acionados pelos usuários. Na prática, os brinquedos emitem sons ao serem empurrados ou batidos para instigar criativamente atividades de observação e exploração, de movimento e ritmo, proporcionando momentos divertidos para crianças e adultos.
JARDIM DE DORA
Dora e Ormeu Botelho valorizaram muito o tratamento paisagístico da área externa de sua residência. Este Jardim de Dora, inaugurado em 2025 no âmbito da abertura da Casa da Memória de Leopoldina, é dedicado ao amor de Dora Botelho pela natureza, pelos jardins e em especial pelas orquídeas, que tão bem cultivava.
No Orquidário Dora Müller Botelho, inaugurado em novembro de 2012, as espécies de orquídeas trazem, em várias formas, cores e aromas, beleza, positividade e boas energias ao ambiente e despertam a consciência sobre a importância da conservação de plantas e flores.
PÁTIO DE ENCONTRO - QUINTAL
Esta área aberta é um lugar atrativo, ponto de encontro e convívio que desperta o interesse e a curiosidade das pessoas. Está junto ao Café Nyagara, local de referência histórica e interação social. Nele, um palco-arena instalado ao ar livre permite a visão de toda a parte posterior do terreno, ocupada pelo bosque. Seus espaços multifuncionais foram pensados para receber manifestações artístico-culturais, atividades e eventos sociais, ou apenas para que o visitante possa neles permanecer, descansar e usufruir do convívio com suas árvores frutíferas e nativas.
JARDIM AROMÁTICO - HORTA MEDICINAL
Um caminho de pedras irregulares leva a este espaço concebido para despertar a curiosidade e aguçar as sensações do visitante no contato direto com espécies vegetais de formas, cores, texturas e cheiros diferentes. Nele são estimulados os sentidos humanos além da visão, como o tato, pelo toque; o olfato, pelo aroma exalado pelas plantas; e o paladar, pelos sabores de ervas e temperos que também têm propriedades terapêuticas.
BOSQUE DO CÓRREGO DO FEIJÃO CRU
A jornada culmina no místico Bosque do Córrego, cujo curioso nome, Feijão Cru, remonta à lenda local sobre escravos fugitivos que, sem poder acender fogueiras, deixavam seus grãos de molho na água cristalina do riacho. Nesta área dos fundos do terreno, no limite da propriedade junto às margens do histórico curso de água da cidade, é possível fazer piquenique, estar em contato com as árvores ou o que mais se queira. E também refletir sobre o ciclo da água, de onde ela vem e para onde vai, o que a ação humana está causando aos rios urbanos e o que é possível fazer para reverter sua degradação. O Córrego do Feijão Cru, nome do distrito originário de Leopoldina, que se encontra poluído, necessitando de tratamento sanitário e requalificação da paisagem urbana no seu entorno, pode ser um bom mote para essa reflexão.
