
LINHA DO TEMPO DO DR. ORMEO
Os marcos cronológicos foram selecionados de forma a evidenciar a biografia de Ormeo Junqueira Botelho e sua relevância histórica do ponto de vista social, econômico e político. O recorte histórico-temporal inicia-se em 1897, com o nascimento na fazenda Nyagara, e termina em 2025, com a inauguração da Casa da Memória de Leopoldina, que presta devido tributo a ele e à sua família no ensejo dos 120 anos da Energisa.
Ormeo Junqueira Botelho
Conheça momentos marcantes da trajetória do leopoldinense e cidadão brasileiro que, à frente de seu tempo, construiu um legado memorável e digno da história.


1897
O nascimento na Fazenda Nyagara
Ormeo nasceu em 13 de março de 1897 na Fazenda Nyagara, de seus avós maternos, em Abaíba, Leopoldina. Era filho do médico, fazendeiro e empresário Francisco de Andrade Botelho e de Maria de Nazareth Monteiro Junqueira Botelho, e o terceiro de seis irmãos: José, Adauto, Emerenciana, Antônio e Nanto Junqueira Botelho.
1907
A formação escolar e o diploma de engenheiro
Entre 1906 e 1912, Ormeo cursou o primário e o secundário no Internato do Ginásio Mineiro, em Barbacena, instituição modelar que preparava os jovens da época para o ingresso nos cursos superiores do país. Aprovado em 1913 para o curso de engenharia civil da renomada Escola Politécnica do Rio de Janeiro, colou grau em 1918.
Ormeo Junqueira Botelho
Como os amigos e visitantes de outrora, siga por este caminho lateral e conheça marcantes da trajetória do leopoldinense e cidadão brasileiro que, à frente de seu tempo, construiu um legado memorável e digno da história.
1918
De volta
a Leopoldina

Em 1918, Ormeo começou a trabalhar na Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina, atual Energisa, projetando a estrada de Piacatuba a São João Nepomuceno e linhas de transmissão de energia para vários municípios. E projetou a nova sede do Ginásio Leopoldinense, edifício monumental que evidenciou seu talento e lhe trouxe muitos clientes em Leopoldina.

1918
Atenas da Zona
da Mata
O Ginásio Leopoldinense, criado em 1906, tornou-se rapidamente uma das instituições de ensino mais conceituadas de Minas Gerais e do país. Em 1918, o novo edifício trazia, pelos elementos arquitetônicos e proporção estética, o estilo que seria a marca de Ormeo Junqueira Botelho, especialmente pelas 34 colunas que circundam todo o pátio frontal.
1920
Engenheiro e administrador de empresas
Engenheiro de estradas de ferro no Rio Grande do Sul em 1919, Ormeo voltou a trabalhar na CFLCL em 1920. Em 1923, com a morte de seu pai, deixou a empresa para cuidar dos irmãos menores e administrar os negócios da família, assumindo o cargo de sócio-gerente da Casa Bancária Ribeiro Junqueira Irmão & Botelho, com várias agências em MG e RJ.

1923
Casa de Caridade Leopoldinense


Ormeo sucedeu o pai em várias instâncias e aceitou com orgulho o benemérito cargo de tesoureiro do hospital de Leopoldina, do qual foi também provedor. Permaneceu nessa alta posição por 49 anos, garantindo a manutenção e qualidade do serviço médico. Mesmo depois, continuou contribuindo voluntariamente, como sempre, com seu apoio pessoal e financeiro
1924
O casamento e os filhos

Em 15 de julho de 1924, Ormeo casou-se com a carioca Dora Müller, que passou a viver em Leopoldina, onde nasceram os filhos Francisco Eduardo Müller Botelho, em 1926; Gilberto Müller Botelho, em 1927; Lya Maria Müller Botelho, 1930; Ivan Müller Botelho, em 1934, e Alice Müller Botelho, em 1944. A família mudou-se para esta casa em que estamos no início dos anos 1950.

1927
A reforma do Teatro Alencar
Em 1927, em meio aos muitos afazeres e responsabilidades, Ormeo não perdeu a oportunidade de presentear Leopoldina com um equipamento cultural moderno e imponente, reformando o antigo Teatro Alencar, criado em 1883. E basta uma comparação entre o antes e o depois para ver a grande diferença
1936
O pioneirismo na indústria
Um dos pioneiros da indústria têxtil no Brasil, Ormeo foi cofundador da Companhia Fiação e Tecidos Leopoldinense em 1926 e seu presidente até 1965. Em 1936, criou a Companhia Industrial Cataguases e depois atuou em outras empresas, como a Companhia Minas-Fabril, em Belo Horizonte. Essas indústrias foram responsáveis por gerar inúmeros empregos e movimentar as economias locais.


1937
Exposição Regional de Leopoldina
Na organização do evento desde a sua primeira edição, em 1936, Ormeo foi grande incentivador da agropecuária em seu município. Ajudou a criar a Associação Rural de Leopoldina em 1937 e a Cooperativa dos Produtores de Leite em 1943, das quais participou ativamente. A exposição, realizada anualmente, é uma das maiores de Minas Gerais.




1946
Orfanato Lenita Junqueira
Uma das muitas iniciativas de cunho social, como a construção de casas para os operários da fábrica de tecidos de Leopoldina, o orfanato para meninas foi criado por Ormeo em 1946 em homenagem à sua tia Helena, esposa de José Monteiro Ribeiro Junqueira, recém-falecido. Era o seu provedor e garantiu a existência da instituição com as doações que fez enquanto viveu.
1952
O empresário de destaque do setor elétrico brasileiro
Presidente da Cataguases-Leopoldina desde 1935, Ormeu aposentou-se do cargo em 1980, mas continuou no Conselho de Administração até 1990. Com a capacidade de suas hidrelétricas praticamente esgotada desde 1950, dirigiu as obras do audacioso projeto de construção da Nova Usina Maurício em Leopoldina entre 1952 e 1956.


1953
Rotary Club de Leopoldina

Organização humanitária internacional que desenvolve programas e ações ao redor do mundo, o Rotary tem entre os sócios fundadores de sua unidade leopoldinense Ormeo Junqueira Botelho, eleito seu presidente em 1953. Entre suas várias iniciativas destaca-se a criação da atual Escola Municipal Rotary na cidade e a mobilização em favor das causas ambientais.
1963
O deputado
ambientalista

Eleito por sua região, pouco depois de sua posse em 1963 Ormeo levou ao plenário da Câmara importante reflexão sobre reforma agrária e conservação do solo. O desenvolvimento socioeconômico aliado à preservação ambiental apareceu de forma contundente em 1966, quando propôs a criação da Comissão da Bacia do Paraíba do Sul, que abrange Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

1985
Uma entrevista para
a Hora H
Em 1985 Ormeo concedeu ao quinzenário leopoldinense uma das últimas entrevistas, reafirmando a sua crença na juventude, seus ideais e preferências. Na literatura, destacou Machado de Assis e Guerra Junqueira. Ao repórter foi oferecido o suco de uma fruta então ainda desconhecida: a acerola, cultivada em seu jardim.
1990
A despedida
Ormeo Junqueira Botelho faleceu no Rio de Janeiro em 9 de fevereiro de 1990 e foi sepultado no dia seguinte no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, em Leopoldina, ao lado da esposa Dora, falecida em 1980, e de seus pais e avós. Familiares, autoridades e de inúmeras pessoas da comunidade queriam dar-lhe um último adeus.

1997
O centenário e a eterna lembrança

A linha do tempo de um grande homem não termina com a morte, que é o destino de todos. O centenário de nascimento de Ormeo Junqueira Botelho foi comemorado em Leopoldina no dia 13 de março de 1997. A memória registra e a história faz justiça àqueles que não pouparam esforços em prol de seu semelhante e do bem comum.
A história continua e a casa é de vocês!
Em 2025 inaugura-se a Casa da Memória de Leopoldina em celebração aos 120 anos da Energisa, grupo empresarial originado da Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina, presidida por Ormeo Junqueira Botelho e criada em 1905 com o apoio de sua família. De geração em geração, o pioneirismo é marca e fonte de inspiração.
